Recuperação judicial da Oi é encerrada após mais de 6 anos; ações disparam na bolsa

A Oi informou nesta quinta-feira (15) que chegou ao fim o seu processo de recuperação judicial, após mais de seis anos de duração. Diante do anúncio, as ações da companhia na B3, a Bolsa de Valores brasileira, dispararam.

Às 16h, as ações ordinárias da empresa subiam 41,18%, a R$ 0,24, enquanto as preferenciais saltavam 61,36%, a R$ 0,71, alcançando níveis intradiários do início de novembro em ambos os casos.

O encerramento foi decretado pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro na noite da véspera, disse a Oi em fato relevante.

No período, a Oi disse que conseguiu pagar uma dívida de R$ 4,6 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros passivos.

O prazo inicial para o fim da recuperação judicial era 4 de outubro de 2021, mas a Justiça prorrogou a conclusão para 31 de março de 2022. Nesta data, a Justiça deu prazo de 60 dias para o administrador judicial apresentar novo quadro geral de credores, mostrando a situação atual dos acordos para pagamentos das dívidas da empresa.

Saúde financeira debilitada

 

A equipe da Genial Investimentos escreveu que a notícia é positiva, mas que, ainda assim, segue enxergando uma companhia “debilitada financeiramente”.

“Mesmo com a redução significativa da dívida bruta, (a Oi) ainda deve ter prejuízos pelo resultado financeiro negativo, com apenas um ativo promissor e capaz de gerar caixa”, escreveram os analistas, em referência a uma participação minoritária na empresa de fibra ótica V.tal.

Maior recuperação judicial da história

A Oi entrou em recuperação em 2016, com dívidas de R$ 65,4 bilhões. Em 2020, a Justiça aprovou a divisão dos ativos da companhia em cinco Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), colocadas à venda, entre elas o serviço de operação móvel.

A conclusão de todo o processo é vista pela empresa como essencial para a reformulação e diminuição da complexidade da empresa, com foco na expansão da fibra e negócios digitais.